Mulheres sofrem
com a extrema repreensão imposta pelo gênero masculino na Arábia. Segundo as leis Islâmicas as mulheres não
podem dirigir e se forem pegas podem levar multas e até serem detidas. Após
anos de repressão elas começaram a protestar pelo direito de conduzir veículos,
a campanha ganhou força na internet e ganhou apoio de pessoas de vários países.
No entanto, o governo ainda repreende com pulso firme as mulheres que desafiam
a lei em vigor, só no dia 27 de outubro 15 mulheres foram presas ao dirigirem
em protesto.
Além de pagar multa, cada uma dessas mulheres teve, juntamente com o seu tutor
(pai, irmão, marido ou outro integrante masculino da família), de assinar um
documento, no qual se compromete a cumprir as leis em vigor na
Arábia Saudita, um país ultra-ortodoxo no que diz respeito aos direitos da
mulher e o único do mundo onde elas são legalmente proibidas de conduzir. As
mulheres também precisam de autorização para trabalhar, viajar e até casar. Apesar
do grande apoio que as mulheres receberam na internet o movimento perdeu força
após ameaças do governo. O Ministério do Interior do país iniciou as ameaças depois de
diversos clérigos sauditas reclamarem sobre a falta de atitude do governo em
relação ao protesto. O governo afirmou que iria reprimir qualquer um envolvido
em tentativas de “deturpar a ordem e a paz pública sob o pretexto de um suposto
dia de condução feminina”. A nova justificativa para que as mulheres não dirijam? “Dirigir
lesa ovários”, segundo o xeque saudita Saleh al-Lohaidan, em entrevista para um
site de notícias do país. O religioso, que faz parte do conselho clerical da
Arábia Saudita e, portanto, pode redigir fatwas (leis religiosas), disse que
“estudos médicos demonstram que dirigir afeta automaticamente os ovários e
empurra a pélvis para cima”. Segundo a agência de notícias Reuters, o
xeque ainda afirmou que mulheres que dirigem com frequência “têm filhos com
problemas clínicos de graus variados”.
TEXTO DE : GUSTAVO NOGUEIRA
TEXTO DE : GUSTAVO NOGUEIRA
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